quinta-feira, 8 de abril de 2010

Visita ao Museu

O Museu do Futebol e a Educação Física


A partir da visita ao Museu do Futebol podemos observar varias temáticas abordadas em classe nesse primeiro bimestre.

Ao entrarmos podemos relacionar a visita a um “Jogo” , onde existem regras rígidas, como por exemplo as restrições a comer, fumar, maquina fotografia ou filmadora, podemos observar também um “tempo definido” na estrutura do museu, onde se segue um circuito pelas dependências, existe uma ordem a ser seguida pelas salas, fazendo que os espectadores sigam essas etapas. O museu apresenta uma ordem cronológica do futebol e de como ele vem interferindo na sociedade ao decorrer do tempo.

Logo na entrada, um salão com inúmeros “pôsteres” e artigos de todas as épocas preenchem todos os espaços das paredes, um “display” com as bolas de todas copas nos mostram a evolução tecnológica empregada na produção, criação e desenvolvimento dos artigos esportivos, os materiais, as costuras, os uniformes..., nos fazem relacionar a importância do esporte na sociedade, como exemplo as constantes pesquisas e na produção de motores no automobilismo e de como isso modificou o nosso modo de ir e vir.

Na entrada da segunda parte do museu o “Rei” Pelé recepciona os visitantes em vários idiomas diferentes, para muitos aquela projetação é apenas umas Boas Vindas, mais sua imagem se torna muito importante ao se pensar no poder transformador do esporte, no fato dele fabricar Ídolos, o esporte e as artes tem esse poder de transformar a pessoa comum em um “MITO”.

Seguimos para próxima instalação que retrata as torcidas, esse fenômeno cultural que de certa forma insere o cidadão comum no espetáculo esportivo, fazendo dele parte do jogo, como pensa Daólio incentivando e cobrando os times, como se fossem mais um componente do show. Outro destaque dessa sala e de como foi utilizada a tecnologia para transmitir a vibração da torcida a partir de imagens e filmes projetados alem do som dos hinos e gritos muito altos, tudo isso acontece na parte de baixo da arquibancada do Pacaembu, os vídeos são projetados nos degraus da arquibancada dando a impressão que os torcedores estão lá mesmo, como se seus espíritos permanecem vibrando, cravados nas paredes do estádio.

A sala anterior e a seguir mostram a mídia em destaque, vídeos com narrações e áudios de radio de todas as épocas, nos mostram a evolução do esporte como meio de cultura, e como ele influenciou na criação de uma linguagem toda própria, nos jargões, na poética, no modo de retratar e filmar esse espetáculo, a fotografia tem uma sala quase que exclusiva, entre inúmeros registros, existem também vídeos “emoldurados” com cenas de gols e dribles geniais, nos dando a idéia do futebol e do jogo em geral o status de arte jogadas e momentos dignos de serem imortalizados para toda a posteridade.

A obra que se segue retrata os ídolos nacionais, tanto do esporte, da mídia, política e sociedade e de como eles “conversam” entre si, influenciando o esporte e o mundo e sendo influenciado por eles, em uma das passagens da obra áudio-visual ela cita “...a influencia dos passos da gafieira nos dribles e o samba nas torcidas do futebol brasileiro. Fazendo-nos refletir como uma coisa esta relacionada à outra e de como tudo isso muda a sociedade.

Entre essa parte e a próxima tem uma porta que sai na arquibancada do estádio, alem da privilegiada vista, a primeira vista parece banal, mais rapidamente é possível perceber a grandeza da coisa, as dimensões e a estrutura do estádio visto de cima, nos remete aos mais antigos jogos das eras gregas ou romanos, a arquibancada, os camarotes, as tribunas de imprensa, o campo e todos os elementos, nos mostram as varias camadas que existem na sociedade. Essas divisões de setores vem desde os períodos mais remotos da humanidade.

Continuando a visita entramos na área cronológica do futebol, das copas e das coisas que acontecia e se influenciaram com isso. As questões políticas, culturais, sociais e tecnológicas interferiram nas artes e no esporte e vice-versa.

Seguindo o passeio chegamos a uma sala do “futebol jogo”, onde podemos identificar elementos do lúdico explicito e implicito definidos por Huizinga, nela podemos jogar uma partida de pebolim e ver também que se usada a imaginação qualquer pode ser utilizada para jogar futebol ou qualquer coisa, latinha amassada, tampinha de garrafa, bolinha de papel, etc., tudo pode servir como bola na hora da brincadeira. Nessa sala também tem uma parte que aponta as regras do futebol, mais não num sentido procedimental, esta mais para as regras conceituais e atitudinais, como por exemplo que o futebol é um esporte coletivo que tem um time composto por 11 jogadores, sendo um desses o goleiro, o gol, etc., nos inserindo em todos os aspectos do jogo. A tecnologia se fez presente novamente em um campo virtual sob um monitor com sensores de movimento no chão, onde se é possível rolar a bola virtual da tela com a o movimento respectivo, fazendo os visitantes a interagir com as “obras” do museu e se incluir no jogo.

Outra parte onde a ciência e a tecnologia se mostram e no cinema 3D, onde o jogador faz embaixadinhas enquanto uma representação de um esqueleto o acompanha mostrando como o corpo reage internamente durante a execução dos movimentos, nos demonstrando que “qualquer um” pode fazer aquilo, basta apenas determinação e força de vontade, também tem o pênalti virtual, onde se tenta marcar um gol em um goleiro virtual que tenta pegar a bola, na hora do chute é media a velocidade que a bola atinge e quando o goleiro não defende e possível sentir toda a vibração da torcida.

Outra coisa que percebi foi à preocupação com a acessibilidade para os deficientes físicos, incluindo todos os setores da sociedade, rampas nas entradas, varias informações em braile, uma maquete do estádio, da praça Charles Miller e da redondezas do estádio táctil onde deficientes visuais poderiam saber como é um estádio. Os deficientes auditivos também conseguiam entender tudo, pois a maioria das obras alem dos vídeos e áudios também apresentam textos e legendas das narrações.


O final da experiência acaba em uma lojinha, lembrando a importância mercadológica do esporte na sociedade, como aponta Walter Brach, o capitalismo por traz do esporte se revela em inúmeros itens, entre bolas, uniformes e acessórios.

Podemos constatar que a visita do museu nos insere nas 3 dimensões descritas por Suraya Darido, que se refere ao conceito, procedimento e atitude, pois conhecemos a fundo a historia, o presente, como ele funciona e como podemos fazer parte do seu universo, como entende Heisemberg.


Serviço
Local: Estádio do Pacaembu (Praça Charles Miller, s/n, São Paulo - SP).
Preço: R$ 6,00 (R$ 3,00 a meia-entrada para estudantes e idosos).
Entrada gratuita às quintas-feiras.
Horário*: das 10h às 18h.
Bilheteria: das 10h às 17h.
Site:
www.museudofutebol.org.br
Telefone: (11) 3663-3848.
*Consulte o horário em dias de jogos


(como é proibido tirar fotos do museu todas as fotos foram retiradas da internet)


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